Reforma é um negócio complicado e desgastante. Não à toa muita gente se
especializa nisso e ganha (muito) dinheiro. Com exceção da poeira e do
barulho, a parte mais difícil é contratar profissionais éticos e
eficientes para realizar o serviço. Confira a seguir sete dicas para
escolher os melhores trabalhadores para a sua obra.
1- Siga o mestre
Todos os profissionais entrevistados concordaram: o primeiro passo ao
começar uma obra é contratar um responsável por ela, seja um arquiteto,
engenheiro ou tecnólogo com formação na área. “Ele dará o apoio não
somente para a contratação da mão de obra, mas também para a
especificação correta da reforma, o que é mais importante, pois em
muitos casos exige projetos. Este tipo de profissional também assegura
que as melhores técnicas sejam empregadas”, explica o professor
Francisco Ferreira Cardoso, do Departamento de Engenharia Civil da
Escola Politécnica da USP.
2- Pesquise muito
Para selecionar o comandante da reforma a dica é pesquisar muito.
“Deve-se escolher o engenheiro e o arquiteto com base nos trabalhos já
executados por eles e a satisfação de clientes antigos”, informa o
engenheiro Jose Antonio de Araújo, do escritório Team Arquitetura e
Engenharia. A análise de casos deve ter por base projetos similares ao
que o contratante deseja realizar no que diz respeito ao porte e grau de
dificuldade da obra.
3- Peça referências
Este é um dos bons e velhos jeitos de conduzir a obra: perguntar para a
mãe, para o cunhado, para o vizinho e para o amigo quem foi o pedreiro,
arquiteto, engenheiro, empreiteiro, eletricista, pintor ou marceneiro
que trabalhou em sua casa. Assim, dá para saber se a pessoa é de
confiança, se deixa o lugar limpo, se promete e não cumpre ou se costuma
atrasar. “Mesmo que o profissional seja bem indicado por um amigo,
parente ou alguém bem próximo, convém pedir mais três referências de
trabalhos anteriores”, defende o arquiteto Fabio Galeazzo, proprietário
do escritório Galeazzo Design. “Uma conversa mais detalhada com os
clientes sempre ajuda”, completa. Além do prazo de entrega, pergunte
sobre a qualidade no assentamento dos pisos e revestimentos.
4- Faça uma visita
Como nem sempre é possível passar o serviço para pessoas conhecidas, a
solução é visitar o escritório e ver que tipo de serviço os
profissionais fazem. Para quem trabalha com construção, o escritório é
uma espécie de cartão de visita. E nada de aceitar a desculpa de que em
casa de ferreiro o espeto é de pau. Galeazzo aconselha a observar os
acabamentos e cuidados com a obra.
5- Olho no currículo
Uma olhadinha no currículo não faz mal a ninguém. Assim como na
contratação de qualquer outro profissional, é interessante saber por
onde essa pessoa passou e que tipo de especialização ela tem. “Na
impossibilidade de se ter um profissional técnico de apoio, uma
alternativa é verificar se o profissional a ser contratado possui algum
certificado de formação profissional, como o do Crea para engenheiros,
tecnólogos e técnicos; ou do Cau para arquitetos. Possuir um diploma do
Senai ou de escola semelhante da área também é um excelente indicador”,
acredita o professor Cardoso, da USP. Para os demais profissionais, a
aprovação do arquiteto ou engenheiro deve contar na seleção, além do
histórico de planejamento e execução de outros trabalhos.
6- Investigue a empresa e fuja de picaretas
É importante verificar a estrutura da empresa:
ver se tem site, buscar a localização e tentar agendar uma reunião para
conhecer o lugar e os donos. A ideia é fugir de pessoas e empresas
picaretas, que podem trazer uma série de riscos e provocar muita dor de
cabeça. “Os riscos técnicos podem comprometer a segurança estrutural da
construção levando a acidentes”, pontua Cardoso. Segundo o professor de
engenharia, o barato pode sair caro. “A durabilidade pode ficar
comprometida e aquilo que deveria durar muitos anos pode deixar de
funcionar bem em um prazo muito mais curto”. Isso sem falar nos atrasos e
na não conclusão do serviço. Ou seja: prejuízos de tempo e dinheiro.
7- Coloque tudo no papel
Fabio Galeazzo sugere a quem pretende reformar que faça uma lista com
todos os serviços que devem ser realizados, o prazo, o preço e a
previsão de atrasos. “O memorial descritivo dos serviços contratados
deve ser o mais detalhado possível. Assim, fica mais fácil negociar no
final aquela lista de ‘extras’ que toda obra tem.”
Fonte: Portal Terra.
Nenhum comentário:
Postar um comentário